
A Direção-Geral para Combate ao Crime Organizado búlgara, a Polícia da Grécia e da Polícia Nacional da Hungria, apoiadas pela Europol e Eurojust, desmantelaram um grupo de crime organizado envolvido no contrabando de migrantes.

O esquema era simples: transportavam migrantes da Turquia para a Grécia, por vezes 15 de uma só vez, a 250 quilómetros por hora em veículos com matrículas da Bulgária e da Geórgia para evitar deteção policial. Arrecadavam entre 2000 e 2500 euros por pessoa.

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Enquanto os contrabandistas fugiam da polícia a velocidades perigosas, os migrantes escondiam-se nas bagageiras dos carros. Tanto migrantes como contrabandistas ficaram feridos em várias ocasiões. Um criminoso morreu num acidente.
Segundo um comunicado da Europol, durante dois anos de investigação, as autoridades policiais detetaram mais de 100 carros ligados à atividade criminosa, dos quais 66 foram apreendidos. Foram presos 43 contrabandistas.https://www.youtube.com/embed/z2uLonpy_Hs?enablejsapi=1&origin=https%3A%2F%2Fwww.jn.pt&widgetid=1
Na quarta-feira, a polícia efetuou 15 buscas na Bulgária, Grécia e Hungria, deteve 14 suspeitos e apreendeu 25 carros, equipamentos eletrónicos (computadores portáteis, dispositivos GPS e tablets), mais de 40 telemóveis, mais de 100 cartões SIM, equipamento de criptografia e dinheiro.
A operação foi realizada no âmbito do Plano Operacional Nacional da Grécia assinado pela Europol e pela Polícia Helénica em junho de 2016. O objetivo passa por desmantelar as redes criminosas envolvidas no contrabando de migrantes e reforçar os controlos de segurança secundários nos pontos de acesso de migração.
O norte da Grécia é um centro importante para o contrabando de migrantes devido à proteção reforçada da fronteira ao longo do rio Evros. Após a situação de crise em Evros em fevereiro de 2020, foram interrompidas várias tentativas de movimento migratório em massa.
