Brasil é o primeiro destino do presidente eleito do Paraguai
Conjuntura,
A construção de pontes entre o Paraguai e o Brasil e a cooperação para o combate ao crime organizado, narcotráfico e lavagem de dinheiro foram temas tratados hoje (11) em reunião entre o presidente Michel Temer e o presidente eleito do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
O Brasil foi o destino da primeira viagem de Abdo ao exterior após a eleição. Ele toma posse no dia 15 de agosto, em Assunção, para um mandato de cinco anos.
O presidente eleito do Paraguai disse ter feito a Temer a proposta de “aprofundar o processo” para a construção de quatro pontes de ligação entre os países. A construção das pontes é uma demanda antiga do país vizinho.
“Falamos sobre a importância de melhorar nossa ligação. Temos projetos de construção de quatro pontes que vão ser fundamentais para aumentar nossa competitividade e conectividade. A última ponte construída entre Paraguai e Brasil foi há 53 anos, que foi a Ponte da Amizade. É inaceitável que com todo o comércio e oportunidades que temos juntos tenhamos apenas uma ponte”, disse Abdo. O paraguaio disse ter visto vontade política do governo brasileiro para ampliar a ligação entre os dois países vizinhos.

Benítez relatou que também conversou com Temer sobre a necessidade de fortalecer a ação coordenada em parceria com o governo brasileiro para combater o crime organizado,o narcotráfico e lavagem de dinheiro.“O crime organizado é o que melhor se globalizou no mundo de forma eficiente. Tem que haver esforço compartilhado entre todas as nações para enfrentar com eficiência e eficácia esse flagelo”, disse. O presidente eleito também falou em fortalecer os laços comerciais entre os países e o turismo de compras.
Eleição
Empresário do ramo de marketing, Abdo foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral por causa da relação do pai dele com a ditadura militar de Alfredo Stroessner. Mario Abdo, o pai do presidente eleito, foi secretário particular de Stroessner. O presidente eleito chegou a afirmar que Stroessner fez muito pelo país, acrescentando que discorda das acusações de violação dos direitos humanos, tortura e perseguição cometidos durante o regime militar.