Putin terá aprovado pessoalmente envio de míssil que abateu voo MH17

Correio do Pantanal

9 fev 2023 às 06:21 hs
Putin terá aprovado pessoalmente envio de míssil que abateu voo MH17
Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreram
Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreramFoto: AFP

Putin terá aprovado pessoalmente envio de míssil que abateu voo MH17

Um equipa de investigação disse, esta quarta-feira, que há “fortes indícios” de que o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou o fornecimento do míssil que derrubou o voo ​​​​​​MH17 no leste da Ucrânia em 2014.

Citando telefonemas intercetados, investigadores disseram que há “fortes indícios” de que Putin aprovou pessoalmente a transferência do míssil para os separatistas pró-Rússia durante combates no leste da Ucrânia.

Segundo a Equipa de Investigação Conjunta de seis países que investiga o acidente, as autoridades russas adiaram a decisão de enviar armas aos separatistas ucranianos porque Putin estava numa comemoração do Dia D em França em junho de 2014. Os investigadores reproduziram um telefonema de um assessor, que dizia que o atraso aconteceu “porque só há um que toma uma decisão (…), a pessoa que está atualmente numa cimeira em França”.

No entanto, Putin beneficia de imunidade como chefe de Estado, impossibilitando um processo contra o líder russo. “Embora falemos de fortes indícios, não é alcançado um alto nível de provas completas e conclusivas” em relação a Putin, acrescentaram.

Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreram
Todas as pessoas a bordo do voo MH17 morreramFoto: AFP

Os investigadores anunciaram, esta quarta-feira, que suspenderam a investigação sobre a queda do voo porque não possuem provas suficientes para processar outros suspeitos. “A investigação chegou ao seu limite, todas as pistas foram esgotadas, por isso a investigação foi suspensa. As provas são insuficientes para prosseguir com o processo”, disse a procuradora holandesa Digna van Boetzelaer durante uma conferência de imprensa em Haia.

TRÊS HOMENS CONDENADOS A PRISÃO PERPÉTUA POR MATAR 298 PESSOAS A BORDO DO VOO MH17

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O anúncio ocorre menos de três meses depois de um tribunal nos Países Baixos ter condenado à revelia três homens – dois russos e um ucraniano – a uma pena de prisão perpétua pela queda do avião.

O Boeing 777 da Malaysian Airlines, que voava de Amsterdão para Kuala Lumpur, foi abatido em 17 de julho de 2014 por um míssil BUK de fabricação soviética enquanto sobrevoava a região de Donbass, no leste da Ucrânia, já amplamente controlada por separatistas pró-Rússia. Naquela altura, a Rússia estava a tentar controlar partes da Ucrânia e o país fechou o espaço aéreo em altitudes mais baixas – até 32 mil pés (cerca de 9,75 quilómetros). O Boeing 777 da Malaysia Airlines estava a voar a mil pés (cerca de 304 metros) acima desse espaço aéreo restrito. Às 13.20 horas, o avião perdeu o contacto com o controle de tráfego aéreo. Um míssil explodiu acima e à esquerda da cabine, fazendo com que o avião se partisse no ar. Todas as 298 pessoas a bordo do avião morreram.

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