Em causa estão as questões de segurança relativas à fronteira ucraniana.

DN/AFP14 Dezembro 2021 — 14:21
Opresidente russo, Vladimir Putin, disse esta terça-feira (14 de dezembro) ao seu homólogo finlandês, Sauli Niinisto, que quer conversações “imediatas” com os Estados Unidos e com a Nato sobre garantias de segurança, enquanto as tensões aumentam sobre as fronteiras na Ucrânia.
Putin “reiterou a necessidade de iniciar imediatamente negociações com os Estados Unidos e a Nato, a fim de desenvolver garantias legais internacionais para a segurança da Rússia”. O Kremlin exige ainda que a Nato não se expanda ainda mais para os países de Leste, nem mesmo através do envio de armas, principalmente para a Ucrânia.
A Finlândia é um intermediário tradicional entre a Rússia e os seus rivais ocidentais.
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Durante uma conversa por videoconferência no início do mês, o presidente russo exigiu ao seu colega dos Estados Unidos, Joe Biden, garantias jurídicas para excluir qualquer nova ampliação da Nato.
A Rússia considera que os ocidentais, ao alargar a Aliança para países do leste da Europa e da ex-URSS, violaram as promessas feitas após a queda da União Soviética.
O governo russo considera que uma eventual adesão da Ucrânia à Nato representa uma linha vermelha intransponível. A Rússia já anexou a península ucraniana da Crimeia, em resposta a uma revolução pró-Ocidente em Kiev em 2014.
Os países ocidentais suspeitam que a Rússia está a preparar uma invasão à Ucrânia, após o envio de tropas em direção à fronteira comum entre ambos os países.
O Kremlin nega as acusações e afirma que as movimentações junto da fronteira são apenas uma resposta ás ações na Nato, que fornece armas para a Ucrânia e desloca meios aéreos e marítimos na região do Mar Negro.