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O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, disse nesta quarta-feira (20) que é possível prorrogar o prazo para o Brexit se Parlamento britânico aprovar um acordo de retirada. A data inicialmente prevista para o Reino Unido deixar o bloco é 29 de março, mas a premiê Theresa May pediu uma extensão do prazo até 30 de junho.
“Acho que uma pequena extensão será possível, mas estará condicionada à aprovação do acordo de retirada na Câmara dos Comuns [a câmara baixa do Parlamento britânico]”, declarou Tusk em comunicado à imprensa.
Tusk disse ter conversado com a premiê britânica por telefone. Porém, para prorrogar a permanência no bloco, o pedido precisa da aprovação de todos os 27 países membros, o que ainda não está garantido. Tusk afirmou que os líderes europeus se reunirão em Bruxelas para discussão nesta quinta-feira (21).
Com a extensão do prazo, May espera conseguir conseguir, em uma terceira votação, aprovar um acordo para garantir uma saída ordenada do bloco europeu.
Os parlamentares britânicos já rejeitaram por duas vezes o acordo negociado entre May e Bruxelas. A situação se agravou após John Bercow, o líder da Câmara dos Comuns rejeitar uma terceira votação sobre o mesmo texto a não ser que haja mudanças substanciais.
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Tentativas de acordo
A proposta original de acordo proposta por Theresa May, aprovado por Bruxelas em novembro de 2018, foi recusada pelo parlamento britânico em 15 de janeiro, por 432 votos contra e 202 a favor, a maior derrota do governo na história moderna – o recorde anterior era de 1924, com diferença de 166 votos.
Depois disso, o Parlamento aprovou duas emendas ao projeto: uma delas exigindo mudanças no que estava originalmente proposto para a fronteira da Irlanda com a Irlanda do Norte; e outra, consultiva, que “rejeita que o Reino Unido deixe a União Europeia sem um Acordo de Retirada e um Marco para o Futuro Relacionamento”.
A decisão sobre o que fazer com a fronteira física entre a Irlanda (integrante da UE) e a província britânica da Irlanda do Norte (integrante do Reino Unido) é um ponto que emperra a aprovação do acordo. A ideia é que o Brexit não prejudique o frágil Acordo de Paz de 1998 entre as Irlandas.
Em uma segunda votação, no dia 12 de março, uma nova proposta de acordo foi rejeitada. Foram 391 votos contra e 242 a favor.