NOTICIAS AO MINUTO

Justin Forsyth nega que demissão tenha relação com o caso (Foto: Reprodução)
O diretor-executivo adjunto acrescentou que renunciava ao cargo para evitar “causar prejuízo” ao Unicef, à Save the Children e à sua “ampla causa” em prol das crianças e dos mais desfavorecidos, na qual lembrou ter trabalhado durante 30 anos.
Enquanto trabalhava para a Save the Children, entre 2011 e 2015, Forsyth foi acusado por três funcionárias de enviar-lhes mensagens de texto inadequadas, comentar a roupa que usavam ou o que sentia por elas. O caso foi revelado pela imprensa britânica nesta quarta-feira.
Forsyth, que estava no Unicef desde 2016, considerou que a cobertura do seu caso não tenta só fazer-lhe “prestar contas (com razão)”, mas é uma “tentativa de causar prejuízo sério” à causa que defendem as organizações em que trabalhou e à ajuda que prestam.
O Unicef afirmou que a diretora Henrietta Fore aceitou a demissão de seu adjunto. “Agradecemos a Forsyth pelo trabalho feito nos dois últimos anos para defender as crianças mais vulneráveis e ajudar que o Unicef avançasse na sua missão de salvar as vidas dessas crianças”, afirmou o fundo.
O Unicef assegurou ainda que não tinha conhecimento das acusações de comportamento inapropriado apresentadas contra diretor-executivo adjunto.
A revelação do episódio ocorreu num momento em que outra organização humanitária internacional, a Oxfam, enfrenta um escândalo após a descoberta de graves infrações e abusos sexuais cometidos por certos funcionários em países como Haiti, Chade, Sudão do Sul ou Libéria.
Uma das denúncias indicou que ex-diretores e funcionários da Oxfam encobriram em 2010 orgias e pagaram prostitutas, algumas possivelmente menores de idade, no Haiti, país na altura devastado por um terremoto que matou mais de 100 mil pessoas.
Diante o escândalo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, decretou uma regra de tolerância zero a qualquer comportamento sexual inapropriado que seja cometido dentro da organização ou das respectivas agências.
ATENÇÃO: Comente com responsabilidade, os comentários não representam a opnião do Jornal Correio do Pantanal. Comentários ofensivos e que não tenham relação com a notícia, poderão ser retirados sem prévia notificação.