Corpo de Rachel foi encontrado dentro de uma mala, na Rodoferroviária de Curitiba, em 2008; suspeito já estava preso em Sorocaba (SP), por outros crimes.
Por G1 PR e RPC Curitiba

Mãe de Rachel Genofre fala sobre a descoberta do homem que matou a menina
A mãe da menina Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre, que teve o corpo encontrado em uma mala na Rodoferroviária de Curitiba há quase 11 anos, Maria Cristina Lobo, falou sobre a identificação do suspeito do crime.
“Para o alívio ser maior, ainda necessito do julgamento e que ele pague pelo que cometeu (…) Não consigo definir em palavras, porque com um monstro a gente não conversa. É pavor o que eu sinto em me imaginar em um mesmo lugar que esse monstro”, disse.
Eduardo dos Santos, de 52 anos, foi reconhecido na quarta-feira (18), de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado do Paraná (Sesp-PR), como suspeito de ter matado a estudante, de 9 anos.
O crime foi em novembro de 2008. O homem está preso desde 2016, em Sorocaba, no interior de São Paulo. Conforme a polícia, ele cumpre pena de 22 anos de prisão por outros crimes.
A identificação de Santos ocorreu por causa da integração de base de dados entre Paraná, São Paulo e Brasília, segundo a Sesp.
O G1 tenta localizar a defesa do suspeito.
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Carlos Eduardo dos Santos é suspeito de matar a menina Rachel Genofre e colocar o corpo em uma mala, em Curitiba — Foto: G1 PR
Durante 11 anos de investigação, na busca pela identidade do suspeito, a mãe relata que as dúvidas eram muitas, na espera por uma elucidação ao crime.
“Não foi fácil. O pior é você ficar trabalhando na cabeça ‘de onde é que eu conheço?’, ‘quem é?’, ‘onde foi que eu encontrei com esse indivíduo?’. Não sei até onde seria mais fácil se fosse alguém próximo a mim, se seria mais fácil eu entender melhor as coisas”, disse Maria Cristina.
Segundo a polícia, o suspeito de matar Rachel morava a menos de um quilômetro da escola onde ela estudava, e a menina passava com frequência pela rua onde ele morava.

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Corpo da menina Rachel Genofre foi encontrado em uma mala na Rodoferroviária de Curitiba — Foto: Reprodução/RPC
Em 11 anos, a Polícia Civil coletou o DNA de diversos suspeitos para a comparação do material genético encontrado nos lençóis e na mala onde o corpo da menina foi encontrado, mas até então não havia nenhuma confirmação.
‘Um pouco mais tranquila’
A mãe de Rachel conta que ainda passa por um processo de assimilação de tudo que aconteceu, e ressalta que a identificação do suspeito trouxe um pouco de tranquilidade.
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