Macron insultado por ministro brasileiro no Twitter

Correio do Pantanal

25 ago 2019 às 19:35 hs
Macron insultado por ministro brasileiro no Twitter
Foto: Reuters

Macron insultado por ministro brasileiro no Twitter

O presidente francês, Emmanuel Macron, na linha da frente nas pressões sobre o seu homólogo brasileiro, Jair Bolsonaro, na luta contra os incêndios na Amazónia, foi este domingo insultado através no Twitter no Brasil, inclusive por um ministro.

“Macron não está à altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista, buscando apoio do lóbi agrícola francês”, escreveu no Twitter o ministro da Educação brasileiro, Abraham Weintraub, numa referência à oposição do Presidente francês ao acordo de livre comércio entre a União Europeia (UE) e Mercosul [Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai].

Abraham Weintraub@AbrahamWeint

A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Charlemagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está a altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês.17.9K8:56 AM – Aug 25, 2019Twitter Ads info and privacy4,101 people are talking about this

“A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS [braço armado do partido Nazi]”, prosseguiu.

O ministro brasileiro acrescentou ainda que os franceses “elegeram um governante sem caráter”.

Olavo de Carvalho, escritor e ‘guru’ de Jair Bolsonaro, exilado nos Estados Unidos, forjou uma conta no Twitter com o nome de “Macrocon”.

Já anteriormente, Eduardo Bolsonaro, filho do Presidente brasileiro, que é deputado e que poderá ser o futuro embaixador do Brasil em Washington, tinha ‘retweetado’ [reencaminhado um ‘tweet’] com o título: “Recado para o @EmmanuelMacron”, onde se vê um vídeo dos confrontos com os ‘coletes amarelos’ em França, com o texto “Macron é um idiota”.

Emmanuel Macron manifestou na quinta-feira preocupação com os fogos florestais que estão a devastar a Amazónia, a maior floresta tropical do planeta, evocando uma “crise internacional” e pedindo aos países industrializados do G7 “para falarem desta emergência” na cimeira deste fim de semana em Biarritz (sudoeste de França).

O acordo de livre comércio entre a UE e o Mercado Comum do Sul (Mercosul), integrado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, foi fechado em 28 de junho, depois de 20 anos de negociações.

O pacto abrange um universo de 740 milhões de consumidores, que representam um quarto da riqueza mundial.

A Irlanda ameaçou também votar contra o acordo comercial se o Brasil não tomar medidas para proteger a floresta amazónica.

A Amazónia é a maior floresta tropical do mundo, cerca de 5,5 milhões de quilómetros quadrados, e possui a maior biodiversidade registada numa área do planeta.

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