Firmino, conhecido como Papau, está preso desde o dia 9 de abril e na terça-feira (5) o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) ofereceu a denúncia contra ele. A decisão da Vara Criminal de Maricá de decretar a prisão preventiva foi dada ontem e divulgada hoje (7) pelo MPRJ.
Na decisão da denúncia que converteu a prisão temporária em preventiva, a Justiça aponta que há “fortes indícios” da autoria do crime. “A existência do crime está demonstrada pelos fartos elementos probatórios constantes no procedimento apuratório, havendo fortes indícios de que o denunciado tenha sido o autor dos crimes hediondos registrados nesses autos”.
Na denúncia, o MPRJ aponta que houve características de extermínio nas mortes, além de motivo torpe de “disseminação do terror” para “impor os serviços ilegais explorados pelo grupo no condomínio” e uso de meios que dificultaram a defesa das vítimas. Segundo uma testemunha, os jovens foram abordados e o executor mandou que todos deitassem de bruços ou ficassem de joelhos, agrupados. Em seguida, efetuou disparos de arma de fogo na cabeça das vítimas.
Após o crime, Firmino gritou para os moradores entrarem em suas residências, pois “a milícia havia chegado para acabar com a bagunça”. O acusado foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, com pena de 12 a 30 anos de prisão.