CONJUNTURA ONLINE

O ministro Carlos Marun (Foto: Reprodução )
Após se reunir com o presidente Michel Temer, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse estar confiante de que o Supremo Tribunal Federal (STF) irá “observar” a Constituição na novela envolvendo a nomeação da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o cargo de ministra do Trabalho.
Segundo ele, o governo não deve fazer as coisas fáceis, e sim as necessárias. E não abrirá mão da prerrogativa que o presidente tem de escolher livremente quem quiser para os cargos de primeiro escalão.
Marun foi questionado sobre o assunto ao sair de reunião com o presidente Michel Temer, após a presidente do STF, Cármen Lúcia, decidir que é competência da corte julgar o caso.
Constituição, é só isso que nós queremos, e temos confiança de que isso vai acontecer. Um governo não
pode se permitir a facilidade de buscar sempre o que é mais fácil. Nós não estamos aqui para fazer o que é fácil, nós estamos aqui para fazer o que é necessário. E neste momento é necessário que se estabeleça claramente o respeito a o que está estabelecido na Constituição: que a escolha de ministros é prerrogativa
privativa do presidente da República — afirmou.
Marun também destacou que o governo não cogita demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Carlos Segovia, que durante o Carnaval concedeu uma entrevista dizendo que não há indícios de crime no inquérito que investiga o presidente Michel Temer no caso do decreto dos portos e que a investigação
deveria ser arquivada. Para Marun, Segovia apenas disse a verdade, e está sendo feita “tempestade em copo d’água”.
Ele chegou a reconhecer, no entanto, que o diretor-geral “talvez” tenha dito algo que não deveria. Por conta da entrevista, divulgada na sexta-feira passada pela agência Reuters, o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, pediu esclarecimentos a Segovia por suspeitar que ele teria incorrido em infração administrativa ou penal.
— Entendo que esta é uma questão encerrada. O diretor-geral vai prestar esclarecimentos solicitados pelo ministro Barroso. Eu tenho uma visão pessoal sobre isso que é que o decreto não beneficia a
Rodrimar. Isso é que nem você estar investigando o assassinato de alguém que está vivo. Temos um contingente de policiais trabalhando em cima de um inquérito em que não existe o delito. O que ele verbaliza é o óbvio. Se não existe sequer o ato, em não existindo isso esse inquérito tem
um provável caminho natural que é o arquivamento — disse, complementando em seguida: — Os jornalistas são muito convincentes. E quem aceita conversar com jornalista e se propõe a falar a verdade dali a pouco comete alguma coisa que talvez pudesse até não ter dito. Mas na verdade ele falou a verdade e ali não existe nada de grave no que foi colocado. Está se fazendo tempestade em copo d’água em cima da verbalização do óbvio. Com informações do jornal O Globo.
ATENÇÃO: Comente com responsabilidade, os comentários não representam a opnião do Jornal Correio do Pantanal. Comentários ofensivos e que não tenham relação com a notícia, poderão ser retirados sem prévia notificação.