Após o anúncio da intervenção federal na Segurança Pública do Rio – a decisão foi anunciada madrugada e o decreto assinado nesta sexta-feira –, as Polícias Civil e Militar, além dos bombeiros, ficarão sob o guarda-chuva do Comando Militar do Leste (CML), liderado pelo general Walter Souza Braga Netto.
Caberá a ele, portanto, a tomada de decisões e a realização de medidas para combater o crime organizado no estado. Braga Netto assumiu o CML em setembro de 2016, depois que o general Fernando Azevedo e Silva deixou o posto e assumiu o Estado-Maior.
O comando do CML foi assumido por Braga Netto pouco tempo depois da Olimpíada do Rio, quando atuou como coordenador-geral da Assessoria Especial para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Na época de sua posse, sua atuação foi elogiada pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.
Natural de Belo Horizonte, em Minas Gerais, o general, ao longo de sua carreira, comandou o 1º Regimento de Carros de Combate e foi chefe do Estado-Maior da 5ª Brigada de Cavalaria Blindada e do Comando Militar do Oeste (com sede em Campo Grande, Mato Grosso do Sul).
Também comandou a 1ª Região Militar (Região Marechal Hermes da Fonseca). Braga Netto, segundo informações publicadas no portal do Ministério da Defesa, possui 23 condecorações nacionais e quatro estrangeiras.
Além da atuação no Rio de Janeiro, o general integrou a ação que envolveu as Forças Armadas na crise da segurança no Espírito Santo, em fevereiro de 2017. Na ocasião, foi realizado um reforço na segurança em municípios do estado em razão do aumento da violência, batizado de Operação Capixaba.
O emprego das Forças Armadas naquela época foi uma resposta à paralisação da PM no estado. Reivindicando melhores condições de trabalho, parentes de policiais militares acamparam em frente aos batalhões, “impedindo” a saída dos agentes de segurança.