JN
Um grupo de garimpeiros invadiu terras indígenas da floresta amazónica, no Brasil, provocando alegadamente a morte a um líder índio. O caso está a ser investigado pelo Ministério Público Federal do Estado do Amapá.
O Ministério Público Federal (MPF) informou, no sábado, estar a acompanhar o desenvolvimento do caso junto da Polícia Federal e de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) que, em comunicado, confirmou a presença de “invasores” e o “alto clima de tensão” sentido pela povoação Waiãpi, que, desde o início da semana passada, tem sofrido ataques perpetrados por garimpeiros em busca de ouro e diamantes.
As autoridades estão a investigar também a morte de um líder indígena, na aldeia Mariry, ocorrida durante a semana e denunciada pelo filho.
A fundação estima, com base em relatos de indígenas, que entre 10 a 15 pessoas, “não-índios” na posse de armas de grande calibre, estejam nas imediações da aldeia Yvytotõ, uma das povoações onde vive a tribo. O ataque ocorreu no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender a liberação da mineração em terras indígenas.
De acordo com o portal brasileiro G1 (da rede Globo), agentes de várias forças policiais dirigiram-se à aldeia, no sábado à noite, localizada no município de Pedra Branca do Amapari, no oeste do Estado, “para evitar o agravamento do conflito”.
Os índios, ainda segundo a Funai, estão este domingo concentrados numa aldeia a cerca de 40 minutos a pé da Yvytotõ. Foram aconselhados pela fundação a evitarem qualquer tipo de contacto com os invasores.
A Polícia Federal e o Exército já foram acionados para enviarem militares para a zona e evitarem confrontos.
Representantes do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Exército Brasileiro e Secretaria de Segurança Pública vão reunir-se ainda neste domingo para planear a atuação conjunta dos órgãos na resolução do conflito.
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