Ex-prostituta condenada à prisão perpétua por matar cliente nos EUA é libertada após clemência
Governador do Tennessee concedeu liberdade por entender que Cyntoia Denise Brown sofria abuso. Ela passou 15 anos na cadeia.
Por G1

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Ex-prostituta Cyntoia Brown, assassina confessa de um cliente, chega a audiência de clemência em maio de 2018; Ela teve o pedido concedido pelo governador do Tennessee — Foto: Lacy Atkins /The Tennessean via AP, Pool, File
Cyntoia Denise Brown ex-prostituta condenada à prisão perpétua por ter matado um cliente em 2004 nos Estados Unidos foi libertada nesta quarta-feia (7), graças à concessão de clemência pelo governador do estado do Tennessee, Bill Haslam, no começo deste ano.
Ela passou 15 anos presa e ficará outros 10 anos em condicional.
Haslam entendeu que Cintoya sofria abuso e cometeu o crime em um caso “trágico e complexo” – ela tinha 16 anos à época do assassinato.
“Transformação deve ser acompanhada de esperança”, afirmou Haslam em um comunicado, na ocasião.
O caso de Cyntoia era considerado complexo pela Justiça dos EUA porque a assassina vivia em situação de risco, de acordo com a defesa. Em 2004, ano em que cometeu o crime, a então adolescente se prostituia e era agenciada por um cafetão conhecido como “Corta Gargantas”.
Segundo a defesa de Cyntoia, ela matou o cliente – um homem de 43 anos – para roubá-lo e não voltar ao cafetão de mãos vazias: a mulher dizia ser estuprada e espancada por “Corta Gargantas”.
A acusação, entretanto, afirma que Cyntoia premeditou o crime. Isso porque a vítima foi encontrada morta com um tiro na cabeça. O disparo, segundo investigação, foi dado enquanto o homem dormia. Após matá-lo, a jovem roubou o caminhão que ele dirigia, além de armas e dinheiro.
Ao conseguir o perdão, Cyntoia divulgou uma nota de agradecimento.
“Com a ajuda de Deus, eu me comprometo a viver o resto da minha vida ajudando os outros, especialmente os jovens. Minha esperança é ajudar outras garotas a não caírem onde eu estive”, escreveu Cyntoia.
A história de Cyntoia correu os EUA em 2011, após a divulgação do documentário “Encarando a vida”. Nele, a mulher, ainda na cadeia, conta ter sido forçada a se prostituir na adolescência, além de sofrer ameaças de morte do cafetão.
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