
O ex-presidente da Coreia do Sul Lee Myung-bak foi condenado nesta sexta-feira (5) a 15 anos de prisão por suborno, peculato e abuso de poder. Ele terá de pagar uma multa de 13 bilhões de wons (cerca de US$ 11,5 milhões) por vários crimes de corrupção.
Lee, que alegou problemas de saúde para não estar presente na leitura da sentença, sempre negou as acusações e afirmou que o processo é uma manobra vingativa do atual presidente sul-coreano, Moon Jae-in.
O juiz do Tribunal do Distrito Central de Seul considerou que o ex-líder recebeu bilhões de wons em propina da grande empresa de eletrônicos Samsung em troca do perdão de seu presidente, Lee Kun-hee. A empresa nega ter dado dinheiro ao ex-presidente.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2018/4/V/2NQulSQAGI5AgIbbfgeQ/lee.jpg)
Ex-presidente sul-coreano Lee Myung-bak esteve na Procuradoria-Geral, em Seul, em imagem de arquivo — Foto: Kim Hong-Ji/ Reuters
O juiz afirmou que “a pesada punição para o acusado era inevitável” por causa da natureza grave dos crimes.
Lee, que governou no país entre 2008 e 2013, tornou-se o quarto ex-presidente sul-coreano a ser preso. Sua sucessora, Park Geun-hye, foi condenada a 32 anos de prisão por abuso de poder, violação das leis eleitorais e coerção.
Chun Doo-hwan, que liderou a última junta militar até 1987, e o conservador Roh Tae-woo também foram presos.