“Estávamos a voar para norte ao pé da praia quando as vimos. Primeiro não percebemos se eram baleias, focas ou golfinhos. Aterrámos e contámos umas 60 mas deve haver mais, porque se viam barbatanas a sair da areia. Foi trágico. Cheirava muito mal e não é uma coisa bonita de se ver. Muito chocante, sobretudo por serem tantas.”
A narrativa é de David Schwarzhans, piloto de helicóptero, que transportava um grupo de pessoas numa viagem de recreio, à BBC. Schwarzhans fotografou e filmou os cetáceos, espalhados ao longo de centenas de metros na praia de Longufjorur, num cenário apocalíptico.
Trata-se de baleias-piloto, uma espécie que pode ter mais de oito metros e existe em todso os oceanos, também conhecida por golfinho-piloto e globicéfalo (o nome científico éGlobicephala , devido à cabeça em forma de bola). De acordo com a bióloga marinha Edda Elisabet Magnusdottir, citada pelo Iceland Monitor, estes animais costumam nadar em grupo muito unidos e quando se encontram em águas pouco profundas têm tendência a ficar desorientados, o que pode explicar o ocorrido.
Só depois das autópsias será possível determinar há quanto tempo as baleias morreram.