O lançamento de dois mísseis de curto alcance foi o primeiro desde que Kim Jong-un e Donald Trump se encontraram, no mês passado, na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.
DN/Lusa
O líder da Coreia do Norte declarou esta sexta-feira que os mísseis lançados na véspera por Pyongyang são novas armas táticas destinadas a enviar um “sério aviso” a Seul, devido aos exercícios militares conjuntos com os EUA.
O lançamento de dois mísseis de curto alcance, na quinta-feira, foi o primeiro desde que Kim Jong-un e o presidente norte-americano, Donald Trump, se encontraram, no mês passado, na zona desmilitarizada que separa as duas Coreias.
Neste terceiro encontro, os dois líderes concordaram em retomar as discussões sobre a desnuclearização da península coreana, o que ainda não se concretizou.
Pyongyang tem ameaçado quebrar a promessa, em protesto contra os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA, previstos em agosto próximo.
A agência de notícias oficial norte-coreana KCNA forneceu pouca informação técnica sobre os dispositivos, que descreveu apenas como “um novo tipo de arma tática guiada” e “um sistema de armas ultra moderno”.
Estes testes constituem um “sério aviso aos soldados sul-coreanos, que ainda não abandonaram a previsão de realizar os exercícios conjuntos, “apesar repetidos avisos” de Pyongyang, segundo a KCNA.
Quase 30 mil soldados norte-americanos estão destacados na Coreia do Sul e os exercícios anuais que realizam com dezenas de milhares de soldados sul-coreanos nunca deixam de irritar Pyongyang, que os considera um teste para a invasão do seu território.
De acordo com estimativas do exército sul-coreano, os dois mísseis de curto alcance viajaram entre 450 e 700 quilómetros, respetivamente, antes de se despenharem no mar entre a península coreana e o Japão.
Estes dispositivos seriam capazes de atingir qualquer alvo na Coreia do Sul.
O Ministro da Defesa japonês falou de disparos “extremamente lamentáveis”, enquanto o Ministério da Segurança Nacional sul-coreano disse estar “profundamente preocupado”. Os EUA pediram o fim das provocações.
De acordo com a KCNA, Kim Jong-un acrescentou que os novos mísseis podiam voar a baixa altitude, o que dificulta a intercetação.
Kim advertiu também Seul contra a tentação de “ignorar a advertência” implícita que estas novas armas representam.
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