Cesta básica fica mais cara em 15 capitais; “Salário-mínimo deveria ser R$ 5,5 mil”, para comprar

Correio do Pantanal

7 ago 2021 às 22:38 hs
Cesta básica fica mais cara em 15 capitais; “Salário-mínimo deveria ser R$ 5,5 mil”, para comprar
Preços de cestas básicas sobem em capitais. – Reprodução

Campo Grande (MS) registra novo aumento no preço da cesta básica. Em julho a cidade teve alta de 3,89% nos preços, assim como: Fortaleza (3,92%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%). O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), diz que para comprar cestas nos preços atuais, o trabalhador deveria receber a R$ 5.518,79 de salário-mínimo. O salário deveria então ser 5,02 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.

A capital sul-mato-grossense acumulou alta nos preços nos primeiros 4 meses de 2021, em maio teve recuo, assim como em junho, mas voltou a ter alta neste mês. O levantamento DIEESE analisou a situação dos preços da cesta em 17 capitais brasileiras.

Em julho o custo médio da cesta de alimentos subiu em 15 cidades e diminuiu em duas. As capitais que tiveram queda foram João Pessoa (-0,70%) e Brasília (-0,45%).

A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 656,92), seguida pela de Florianópolis (R$ 654,43) e pela de São Paulo (R$ 640,51). Entre as cidades do Norte e Nordeste, as que apresentaram menor custo foram Salvador (R$ 482,58) e Recife (R$ 487,60).

Ao comparar julho de 2020 a julho de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os percentuais oscilaram entre 11,81%, em Recife, e 29,42%, em Brasília.

Nos primeiros sete meses de 2021, 14 capitais acumularam altas, com taxas entre 0,04%, no Rio de Janeiro, e 14,71%, em Curitiba. As reduções foram observadas em Belo Horizonte (-3,35%), Brasília (-1,60%) e Goiânia (-0,30%).

Com base na cesta mais cara que, em julho, foi a de Porto Alegre, o DIEESE estima que o salário-mínimo necessário deveria ser equivalente aos R$ 5,5 mil. “O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Em junho, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.421,84, ou 4,93 vezes o piso em vigor”, explica o DIEESE.

Quando se compara o custo da cesta com o salário-mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 55,68% (média entre as 17 capitais) do salário-mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em junho, o percentual foi de 54,79%.

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CapitalValor dacestaVariação mensal (%)Porcentagem do Salário Mínimo LíquidoTempo de trabalhoVariação no ano (%)Variação em 12 meses (%)
Porto Alegre656,922,2764,56131h23m6,7028,50
Florianópolis654,431,4064,32130h53m6,3125,36
São Paulo640,512,1962,95128h06m1,4322,06
Rio de Janeiro621,340,3461,07124h16m0,0422,86
Curitiba619,830,2060,92123h58m14,7117,81
Vitória612,450,1960,19122h29m2,0326,33
Campo Grande588,843,8957,87117h46m2,1422,73
Brasília582,35-0,4557,23116h28m-1,6029,42
Fortaleza562,823,9255,31112h34m5,2123,77
Goiânia562,131,9355,25112h26m-0,3018,88
Belo Horizonte549,493,2954,00109h54m-3,3518,15
Belém522,660,8051,37104h32m4,3518,52
Natal506,511,2649,78101h18m10,4017,61
João Pessoa492,30-0,7048,3898h28m3,6017,85
Aracaju488,423,7148,0097h41m7,7824,36
Recife487,600,7647,9297h31m3,8811,81
Salvador482,583,2747,4396h31m0,7316,22
Fonte: DIEESE
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