Abatedouro clandestino em MS ‘maquiava’ refugos de granjas para a venda como galinhas caipiras, diz polícia

Correio do Pantanal

22 ago 2019 às 23:36 hs
Abatedouro clandestino em MS ‘maquiava’ refugos de granjas para a venda como galinhas caipiras, diz polícia

Abatedouro foi fechado na manhã desta quinta-feira (22), em Campo Grande por policiais da Decat e da Decon e por fiscais do CCZ.

Por Juliene Katayama, TV Morena

Depois de abatidas as aves recebiam a aplicação de uma solução para ficarem com a tonalidade mais escura e serem vendidas como 'galinhas caipiras" — Foto: Juliene Katayama/TV Morena

Depois de abatidas as aves recebiam a aplicação de uma solução para ficarem com a tonalidade mais escura e serem vendidas como ‘galinhas caipiras” — Foto: Juliene Katayama/TV Morena

Policiais das delegacias de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) e de Repressão aos Crimes contra as Relações de Consumo (Decon) e fiscais do Centro de Controle de Zoonoses de Campo Grande (CCZ) fecharam nesta quinta-feira (22) um abatedouro clandestino de frangos, que funcionava no fundo de uma casa no bairro Parque do Lageado, na região sul da cidade.

Segundo o delegado Maércio Alves Barbosa, da Decat, as galinhas abatidas no local eram refugos de granjas – animais que não serviam para comércio. As aves haviam sido compradas por um valor baixo e que depois de mortas recebiam a aplicação de uma solução com corante para ficarem com uma tonalidade mais escura e serem vendidas como “galinhas caipiras”, por um preço bem maior.

O delegado disse também que os abates desta quinta começaram bem no ínicio da manhã e que quando os policiais e fiscais chegaram ao legal, parte do frango, já maquiado para a venda, havia sido levado para outro endereço.

Policiais descobriram que galinhas que eram refugos de granjas, ou seja, que não tinham valor comercial, eram compradas por um preço baixo para serem abatidas e 'maquiadas' — Foto: Juliene Katayama/TV Morena

Policiais descobriram que galinhas que eram refugos de granjas, ou seja, que não tinham valor comercial, eram compradas por um preço baixo para serem abatidas e ‘maquiadas’ — Foto: Juliene Katayama/TV Morena

O delegado Wilton Vilas Boas, da Decon, esteve nesse outro endereço, mas não encontrou ninguém. A proprietária da casa, Maria Aparecida de Almeida, 61 anos, disse que um sobrinho havia pedido que ela preparasse os frangos e como ela não tem renda, aceitou o trabalho.

As unidades policiais trabalham agora para identificar todos os envolvidos com o esquema de abates clandestinos. Eles vão responder por crime ambiental, já que o solo estava sendo contaminado com o sangue dos animais; por furto de energia que foi descoberto no imóvel onde funcionava o abatedouro e também por comercializarem alimentos impróprios para o consumo.

ATENÇÃO: Comente com responsabilidade, os comentários não representam a opnião do Jornal Correio do Pantanal. Comentários ofensivos e que não tenham relação com a notícia, poderão ser retirados sem prévia notificação.