
O software público brasileiro VLibras – que permite traduzir textos, áudios e vídeos para a Língua Brasileira de Sinais, usada por pessoas com deficiência auditiva – é finalista em uma premiação internacional no México. A cerimônia celebra iniciativas para tornar as cidades “mais inteligentes”.
Criado pelo Ministério do Planejamento em parceria com a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o programa concorre com outros dois finalistas na categoria “sociedade igualitária e colaborativa”. Os vencedores desta edição poderão expor o projeto no próximo congresso, em um stand de 9 metros quadrados.
O VLibras foi selecionado entre mais de 70 projetos assinados por governos, empresas, centros de pesquisa e startups de diversos países da América Latina. A cerimônia de premiação do Latam Smart City Awards 2018 será em Puebla, em 12 de setembro.
O programa recorre a um intérprete de Libras virtual – como aqueles que aparecem em transmissão de sessões do Congresso – para transcrever planilhas, páginas na internet ou filmes, por exemplo.
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O G1 já mostrou que o programa pode beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros com algum grau de surdez, uma vez que boa parte não é alfabetizada na língua escrita. Segundo os desenvolvedores, o intérprete virtual consegue identificar 11 mil sinais diferentes.
Como o banco de dados é público, o “dicionário” do programa pode ser incrementado por qualquer usuário. Com custo de cerca de R$ 2 milhões, o VLibras demorou um ano e dez meses para ser desenvolvido.
Além da versão para desktop, a ferramenta também pode ser usada em plataformas móveis, como celulares e tablets, e pode ser instalado como plug-in (diretamente no navegador). Os serviços estão disponíveis para download.
Mais um brazuca
Outro aplicativo brasileiro finalista na mesma premiação é o “Saúde Já”, da Prefeitura de Curitiba. Ele concorre na categoria “transformação digital” e permite o agendamento de atendimentos clínicos e odontológicos nas unidades básicas de saúde, sem necessidade de fazer filas.