
JN/AgênciasOntem às 16:09
A França saudou, esta terça-feira, o anúncio da Rússia de que vai retirar algumas das suas tropas da fronteira ucraniana como um “sinal positivo”, mas Alemanha e Reino Unido reagiram mais cautelosamente e disseram esperar atos concretos.
A Rússia disse que parte das suas forças perto da Ucrânia vão iniciar hoje o processo de regresso aos quartéis por terem concluído os exercícios militares em que estavam envolvidas.
A medida foi divulgada horas antes do início de um encontro em Moscovo entre o Presidente russo, Vladimir Putin, e o chanceler alemão, Olaf Scholz, sobre a crise entre a Rússia e o Ocidente.
“Se forem confirmados, seria um sinal positivo, um sinal de desescalada que temos vindo a pedir há semanas”, disse o porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, citado pela agência France-Presse (AFP).FORÇAS MILITARES RUSSAS JUNTO À FRONTEIRA UCRANIANA COMEÇARAM A REGRESSARVER MAIS
Attal disse que nas próximas horas, “estão planeados intercâmbios a nível de chefes de Estado, e em particular com o Presidente da República”, referindo que Emmanuel Macron alterou a sua agenda para a tarde de hoje.
“Isto confirmaria também que fizemos bem em retomar o diálogo. Recordo que o Presidente da República [Macron], ao deslocar-se a Moscovo, ao conversar com Vladimir Putin, reiniciou um diálogo com a Rússia, precisamente para alcançar uma estabilização, ou mesmo uma desescalada”, disse Attal.
O porta-voz referiu que desde o início da crise, a França procurou manter uma “linha de prudência, rigor e, sobretudo, de trabalho e diálogo”.
“Nunca estivemos numa reação exagerada, nem num sentido nem no outro”, disse.
Emmanuel Macron encontrou-se com Vladimir Putin em Moscovo, em 07 de fevereiro, antes de ter uma reunião no dia seguinte, em Kiev, com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.RÚSSIA PRONTA PARA DISCUTIR MEDIDAS DE CONSTRUÇÃO DE CONFIANÇAVER MAIS
Fonte do Eliseu disse à AFP que Macron voltará a falar esta tarde com o Presidente norte-americano, Joe Biden.
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