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JN/AgênciasOntem às 20:45
As manifestações de apoio ao rapper Pablo Hasél começaram ao final da tarde desta sexta-feira em várias cidades catalãs e, pelo quarto dia consecutivo, várias pessoas pediram a libertação do artista em Barcelona, Girona, Tarragona e Vilafranca del Penedès.
Um pequeno grupo de pessoas reuniu-se por volta das 19 locais (18 em Portugal), na praça Universitat de Barcelona, onde outra nova manifestação foi convocada.
Dois jovens cantaram uma música em defesa da terra e do meio ambiente que culminou com gritos de “liberdade Pablo Hasél“, enquanto aumentava o número de pessoas que chegavam à praça central de Barcelona, onde já estava há algumas horas um forte dispositivo dos Mossos d’Esquadra (polícia regional da Catalunha).
Quase uma hora depois, os manifestantes começaram a caminhar em direção ao edifício da Polícia Nacional e aí gritaram o ‘slogan’ “Foram com as forças de ocupação”.
Os protestos em Girona começaram às 18 locais diante da reitoria, liderados por estudantes que mais tarde se juntaram à convocatória dos Comités da Defesa da República (CDR) na praça do Mercat del Lleó, onde se reuniram cerca de 500 pessoas, segundo a polícia local.
Daí, deslocaram-se para a delegação do governo regional e depois para a subdelegação do governo, sob vigilância apertada dos Mossos d’Esquadra.
Em Tarragona, centenas de pessoas reuniram-se e dirigiam-se para a reitoria da Universidade Roviri i Virgili com uma faixa em que se lia “Liberdade Pablo Hasél”.
Já em Vilafranca del Penedès, duzentas pessoas seguiam para o centro da cidade sob o tema “Continuamos. Estendemos a raiva por toda a parte”.
Os factos pelos quais o rapper foi condenado remontam a 2014 e 2016, quando publicou uma canção no YouTube e dezenas de mensagens no Twitter, acusando as forças da ordem espanholas de tortura e de homicídios.
Os confrontos começaram na terça-feira à noite na Catalunha, poucas horas após a prisão de Pablo Hasél, que foi condenado a nove meses de prisão por fazer a glorificação do terrorismo e injuriar a monarquia.
A mobilização espalhou-se então, no dia seguinte, a outras cidades, como Granada e Sevilha (sul), assim como a Madrid.
Ao todo, quase uma centena de pessoas foram presas desde terça-feira e muitas outras ficaram feridas, incluindo uma jovem que perdeu um olho em Barcelona, provavelmente após um tiro de bala de borracha da polícia.
O caso está a causar grande tensão dentro do governo espanhol, formado pelo Partido Socialista (PSOE) do primeiro-ministro Pedro Sánchez e o seu aliado de extrema-esquerda Podemos, que criticou a prisão de Hasél e apoiou os protestos.
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