Acusadas de práticas de feitiçaria, mais de cem crianças foram atiradas aos rios pelos familiares nos últimos três anos em quatro províncias angolanas. Para serem devoradas por jacarés.
Ana Paulo – DN
Mais de cem crianças acusadas de práticas de feitiçaria nas províncias de Cabinda, Zaire, Malanje e Bengo, nos últimos três anos, foram atiradas aos rios pelos familiares, informou uma equipa de investigadores nacionais do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP).
O fenómeno “feitiçaria” contra menores constitui um problema social que tem preocupado os investigadores do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP), afecto à Universidade Agostinho Neto (UAN) e as organizações sociais ligadas à causa.
Em declarações ao Jornal de Angola, o director do Centro de Estudos e Investigação em População (CEIP), Ndonga Mfuwa, disse ter constatado no terreno que muitos pais e encarregados de educação lançam os filhos aos rios para, de seguida, serem devorados pelos jacarés, alegando serem feiticeiros.
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Alguns progenitores, prosseguiu o investigador, além de acusarem os filhos de feiticeiros, expulsam-nos do seio familiar e mais tarde arrependem-se do que fizeram e depois de procederem de tal forma, entram em conflito com as entidades acolhedoras.
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