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O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, classificou nesta testa terça-feira (25) de “folclórica” a candidatura do presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, e afirmou que o ex-capitão do Exército é um “passaporte” para o PT voltar ao Palácio do Planalto. Segundo o tucano, Bolsonaro “não dá conta” do PT e do governo.
Alckmin deu a declaração em entrevista ao programa Pânico, da rádio Jovem Pan. Ele cumpriu compromissos de campanha nesta terça em São Paulo.
Apesar de ter o maior tempo de TV entre os candidatos à Presidência, Geraldo Alckmin está estagnado na quarta colocação das pesquisas eleitorais. O Ibope apontou nesta segunda (24) que o presidenciável do PSDB tem 8% das intenções de voto. Ele oscilou positivamente um ponto percentual em comparação com o levantamento do Ibope divulgado na última terça (18).
A pesquisa mostrou que Bolsonaro continua na liderança da corrida presidencial, com 28%. Já o candidato do PT ao Planalto, Fernando Haddad, subiu de 19% para 22%, permanecendo na segunda posição. O terceiro colocado é o candidato do PDT, Ciro Gomes, que tem 11%. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, Ciro e Alckmin estão tecnicamente empatados.

Nos quatro cenários de segundo turno da pesquisa Ibope, Jair Bolsonaro só não perde para a candidata da Rede, Marina Silva, com que empata com 39%. O presidenciável do PSL também viu sua rejeição subir de 42% para 46%.
“Bolsonaro perde para qualquer candidato [no segundo turno]. Essas candidaturas meio folclóricas não resistem ao segundo turno. Jânio Quadros, Paulo Maluf, isso não passa mais porque não consegue maioria. É só olhar a rejeição”, declarou Alckmin ao programa Pânico.
“Bolsonaro não dá conta do PT, vai perder para o PT, e não dá conta do governo. Não é um convite para um banquete. Quem assumir o governo em janeiro, é o sexto ano de déficit primário”, complementou o candidato tucano, referindo-se ao fato de que o governo federal tem registrado rombo em suas contas nos últimos anos.
Questionado na entrevista sobre sua estagnação nas pesquisas eleitorais, Alckmin lembrou a eleição de 2014, na qual o então candidato do PSDB, Aécio Neves, ultrapassou a Marina Silva na última semana antes do primeiro turno. “As eleições mostram que as grandes viradas são no finalzinho. O povo vai ouvindo, ouvindo, comparando, comparando, e aí decide”, ponderou.
Caminhada pela Liberdade
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Alckmin faz corpo a corpo com eleitores no bairro da Liberdade, em São Paulo — Foto: Bárbara Muniz Vieira, G1
Após a entrevista ao Pânico, o presidenciável do PSDB fez corpo a corpo com eleitores no bairro da Liberdade, que reúne parte da comunidade japonesa da capital paulista. Ao longo da caminhada, ele cumprimentou comerciantes, tirou selfies com eleitores e ouviu chegou a ouvir vaias de opositores, prontamente abafadas por seus apoiadores.
Na Liberdade, ele concedeu uma entrevista coletiva na qual destacou propostas para incentivar o turismo no país. O tucano afirmou que, se eleito, pretende gerar cerca de 1 milhão de empregos promovendo o Brasil no exterior como roteiro turístico. Para isso, ele disse que investirá em segurança pública e criará políticas para baratear o preço das passagens aéreas.
“O Brasil tem tudo para o turismo. Infelizmente, nós estamos recebendo menos turistas do que a Torre Eiffel, em Paris”, destacou.
Comércio exterior e Previdência

Mais cedo, em entrevista a uma rádio do Rio Grande do Sul, Alckmin disse que o Brasil precisa exportar mais para gerar mais emprego, renda e melhorar a economia brasileira. Ele também que é preciso acelerar os acordos.
“Em Uruguaiana, que está aí na Fronteira, nós vamos estimular muito o comércio exterior. O Brasil precisa exportar mais, precisa ter mais acordos comerciais. Comércio exterior hoje é emprego na veia, é fundamental para o país”, afirmou o tucano à Rádio Charrua.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, ele defendeu a reforma da Previdência, com idade mínima menor para as mulheres e transição para o futuro.