Um alemão de 62 anos foi esta quarta-feira condenado a prisão perpétua pelo homicídio e violação de uma jovem em 1987, na extinta República Democrática Alemã (RDA). Trinta anos após os acontecimentos, a equipa responsável pela investigação do caso conseguiu relacionar o sexagenário, identificado como Helmut S., com os vestígios de ADN recolhidos no local do crime.
O tribunal de Zwickau (no leste da Alemanha) considerou Helmut S. culpado de violar e estrangular a 09 de abril de 1987 Heike Wunderlich, uma jovem mulher de 18 anos, numa floresta de Plauen (leste), na antiga RDA, perto da fronteira com a República Checa, segundo indicou um porta-voz da instância judicial.
Julgado desde dezembro passado, o sexagenário sempre negou os factos. Os advogados de defesa indicaram hoje que vão avaliar um possível recurso da sentença.
Vítima de um acidente vascular cerebral em 2012, o acusado compareceu no julgamento em cadeira de rodas.
Como previsto no Direito alemão atual, nomeadamente em relação aos crimes cometidos no tempo da ex-RDA, Helmut S. foi condenado pelo crime de homicídio agravado à luz do direito penal em vigor na Alemanha.
O crime de homicídio agravado teria prescrito na ex-RDA após um período de 25 anos.