Felipe Souza e Juliana GragnaniDa BBC News Brasil em São Paulo e Londres

Há pelo menos 40 dias, manchas de petróleo atingem todos os Estados do Nordeste, provocando a morte de tartarugas marinhas e aves. Agora, a maior preocupação de biólogos e ambientalistas que trabalham com a conservação das espécies no Nordeste é a reprodução dos animais na região, como as tartarugas.
Na tarde de quinta-feira (10), cerca de mil tartarugas filhotes foram soltas em alto mar, em uma megaoperação para salvar suas vidas e tentar impedir que sejam atingidas pelo petróleo que invadiu a costa nordestina.
Foi a primeira vez que o Instituto Tamar, referência nacional na preservação da espécie, fez uma operação dessa forma.
Quando nascem, as tartarugas rompem seus ovos, cavam pela areia e caminham pela praia até o mar. Essa imagem das tartaruguinhas pequenas, medindo entre 3,5 e 4 centímetros de comprimento de casco, caminhando rapidamente pela praia é conhecida.

Mas por causa do petróleo, os biólogos do Projeto Tamar tiveram de tomar uma decisão: ou essas tartarugas fariam sua tradicional caminhada pela praia, correndo o risco de se intoxicar ou até mesmo ficarem presas no óleo, ou seriam soltas em alto mar, perdendo esse momento de suas vidas. Os pesquisadores escolheram a segunda opção.
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