Do total de desempregados no país, 6 milhões estão procurando trabalho há mais de 1 mês e até há 1 ano, 1,8 milhão entre 1 e 2 anos, e 1,9 milhão há menos de um mês.
Proporcionalmente, Amapá é o estado que tem a maior população de desempregados procurando emprego há mais de 2 anos. Lá, 49,3% dos desempregados estão nesta condição. Em SP, são 830 mil desempregados nesta condição, o que corresponde a 24,2% deste contingente
A taxa de desemprego recuou para 12,4% no 2º trimestre, ante 13,1% no 1º trimestre, segundo já havia sido divulgado anteriormente pelo IBGE. A queda da taxa de desemprego, entretanto, tem sido puxada pela geração de postos informais e pelo grande número de brasileiros fora do mercado de trabalho. Já o número de trabalhadores com carteira é o menor já registrado pelo IBGE.
Número dos que desisitiram de procurar também é recorde
Apesar da queda no número de desempregados no 2º trimestre, a pesquisa do IBGE mostra que aumentou o número dos que trabalham menos do que gostariam, que saíram da força de trabalho por algum motivo pessoal ou familiar, ou que simplesmente desistiram de procurar alguma ocupação.
O número de desalentados bateu novo recorde e atingiu 4,8 milhões no 2º trimestre, 203 mil pessoas a mais em relação ao 1º trimestre. Já o número de subocupados subiu para 6,5 milhões contra 6,2 milhões nos 3 primeiros meses do ano.
O coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, destacou que o número recorde de desalentados revela que o contingente de desempregados pode ser muito maior. Isso porque desalentado é aquele trabalhador que desistiu de procurar emprego e que isso não significa que ele recusaria uma vaga se lhe fosse oferecida. Já o desempregado é aquele que está em busca de colocação no mercado.
“Muitas dessas pessoas desalentadas sequer têm dinheiro para pagar passagem e procurar emprego”, afirma.
Perfil do desemprego
Segundo o IBGE, 67% dos desempregados no país têm entre 18 e 39 anos. Outros 23% têm entre 40 e 59 anos.
“O que mais preocupa é essa parcela da população adulta, que é a que deveria efetivamente estar ocupada, já que a princípio seria a que já concluiu os estudos, se constitui como arrimo de família e que tende a ter mais dificuldade de se recolocar no mercado”, avaliou Azeredo.